Quantificação das emissões de gases com efeito de estufa provenientes da aquicultura mundial

A aquicultura mundial dá um importante contributo para a segurança alimentar diretamente (aumentando a disponibilidade e a acessibilidade dos alimentos) e indiretamente (enquanto motor do desenvolvimento económico). Para permitir a expansão sustentável da aquicultura, temos de compreender o contributo da aquicultura para as emissões globais de gases com efeito de estufa (GEE) e a forma como esta pode ser atenuada. Este estudo quantifica as emissões globais de GEE provenientes da aquicultura (excluindo a criação de plantas aquáticas), centrando-se na utilização de formulações modernas e comerciais para os principais grupos de espécies e regiões geográficas. Neste contexto, demonstramos que a aquicultura mundial representou cerca de 0,49 % das emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa em 2017, o que é semelhante em magnitude às emissões provenientes da produção de ovinos. As emissões modestas refletem a baixa intensidade de emissões da aquicultura, em comparação com os animais terrestres (bovinos, ovinos e caprinos), o que se deve, em grande medida, à ausência de CH 4 entérico na aquicultura, combinada com a elevada fertilidade e os baixos rácios de conversão alimentar dos peixes ósseos e dos moluscos.