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EU Aquaculture Assistance Mechanism

Comunidades aquícolas

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Ferramentas e soluções inovadoras

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1. Quais são os principais benefícios da aquicultura?

Quando realizada de forma sustentável, a aquicultura pode ajudar a resolver alguns dos problemas mais prementes que enfrentamos atualmente.

— A aquicultura fornece alimentos nutritivos e diversificados a uma população mundial em crescimento.

— A aquicultura reduz a necessidade de capturar mais peixes selvagens para satisfazer a procura crescente de peixe e, por conseguinte, contribui para a preservação das unidades populacionais de peixes.

— Pode fornecer alimentos frescos e locais. O fornecimento de alimentos mais próximo do consumidor permite reduzir as emissões de carbono nos transportes.

— A aquicultura pode produzir géneros alimentícios e alimentos para animais com um menor impacto climático e ambiental do que outros tipos de agricultura (por exemplo, criação de bovinos para leite ou carne). Ao consumirmos mais alimentos provenientes da aquicultura, podemos também reduzir a pressão da agricultura em terra.

— As atividades aquícolas podem ser uma fonte de rendimento e de desenvolvimento para as comunidades costeiras e rurais remotas, onde existem poucas alternativas. Certos tipos de aquaculturas contribuem para a preservação dos ecossistemas e da biodiversidade (por exemplo, a exploração de moluscos, a aquicultura extensiva em lagoas e zonas húmidas e a criação de algas e outros invertebrados). Estes serviços incluem a limpeza da água a partir do excesso de nutrientes e de matéria orgânica ou a conservação e restauração dos ecossistemas e da biodiversidade.

2. O que devo fazer se quiser iniciar uma atividade aquícola na UE?

— Antes de as explorações aquícolas poderem operar, os futuros produtores aquícolas devem obter uma autorização das autoridades nacionais competentes (por vezes, as autoridades regionais podem ser responsáveis pelas autorizações). Na sua avaliação, as autoridades verificam se a localização proposta é adequada e examinam cuidadosamente o potencial impacto da exploração no ambiente.

— Os produtores aquícolas necessitam de autorização antes de utilizarem água do mar ou água doce para a exploração. Quando regressam ao ambiente, o estado da massa de água não deve deteriorar-se.

— Além disso, os estabelecimentos de aquicultura devem estar registados ou aprovados pelas autoridades sanitárias competentes em matéria de saúde animal, e tanto o agricultor como essas autoridades têm a obrigação de assegurar a vigilância de eventuais doenças.

Uma vez obtidas todas as autoridades, os produtores aquícolas têm de cumprir várias condições para garantir que as atividades aquícolas respeitam o ambiente, a saúde humana e animal e o bem-estar dos animais.

— As explorações autorizadas devem continuar a monitorizar o seu impacto no ambiente.

— Para proteger o ambiente, os produtores só podem utilizar alimentos para animais, produtos de limpeza e medicamentos autorizados.

— No que diz respeito à saúde animal, os agricultores têm também a obrigação de manter vários registos, incluindo os relativos ao número de animais que entram e saem da exploração e quantos morrem. E devem registar as medidas que tomam para prevenir e gerir qualquer risco de doença. Os aquicultores devem respeitar regras rigorosas de higiene alimentar e saúde animal, a fim de proteger a saúde dos consumidores, e Só podem utilizar alimentos para animais autorizados e controlados.

— A utilização de medicamentos veterinários exige uma receita de um veterinário e apenas são permitidos medicamentos veterinários autorizados, respeitando os intervalos de segurança e os limites de resíduos prescritos. Os aquicultores devem registar todos os medicamentos veterinários que utilizam e conservar uma cópia das receitas.

— Além disso, os agricultores devem assegurar um tratamento humano dos animais de criação durante todo o seu ciclo de produção e durante o abate e o transporte.

3. A aquicultura pode ser desenvolvida em qualquer local e em qualquer condição?

Para saber se um projeto de aquicultura pode ser realizado numa zona, deve ser realizado um estudo de viabilidade da zona (por exemplo, disponibilidade de água de qualidade, não interferência com outras utilizações, condições para o estabelecimento de locais de aquicultura na zona) e das eventuais espécies a cultivar. Existem muitos locais de aquicultura possíveis (por exemplo, em terra, em águas costeiras, ao largo, estuarinas, em lagoas, junto aos rios). Para obter uma licença, cada sítio tem condições diferentes e os estudos a realizar são diferentes. Por vezes, as autoridades competentes identificam as zonas estudadas anteriormente em que a atividade aquícola é possível e hierarquizada, o que torna mais rápida a obtenção de licenças para uma exploração agrícola na zona.

4. É possível cultivar todas as espécies de peixes?

Embora, teoricamente, todas as espécies de peixes pudessem ser utilizadas para a aquicultura, apenas algumas delas (cerca de 10) são atualmente uma parte importante da produção aquícola da UE. Em especial, são criadas as espécies cuja biologia é bem conhecida e cuja reprodução em cativeiro é possível. Ao mesmo tempo, é necessário que haja uma procura no mercado para estas espécies e um preço de mercado que permita que a produção seja rentável.

5. Quais são os principais métodos de produção utilizados na aquicultura da UE?

Existem métodos de produção muito diversificados para as espécies aquícolas da UE, alguns dos quais principais são os seguintes (quadro de dados económicos da aquicultura do CCTEP, 2023):

— Compartimentos, canetas, sistemas de recirculação e tanques para salmão;

Tanques e pistas, sistemas de recirculação e lagoas para trutas;

— Canetas, tanques, lagoas, sistemas de recirculação de robalo e dourada;

— Jangadas, policultura, linha de diário para mexilhões;

— Lagoas, tanques, pistas, gaiolas, policultura para carpas;

— No fundo, palangres, jangadas e policultura para ostras;

— Lagoas, corridas, tanques para crustáceos;

— No fundo, tanques e pistas, canetas, sistemas de recirculação, policultura, jangadas, palangres, tanques para algas marinhas;

— Bioreatores de sistema aberto ou fechado para microalgas.

Além disso, durante as fases iniciais de crescimento, a maioria das espécies de peixes e algas tem de estar num centro de incubação e num viveiro. As sementes de moluscos são produzidas em centros de incubação ou colhidas no meio natural.

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